18.4.10

Everything you know is wrong

Acreditava nos sentimentos. Acreditava que um dia poderia mudar o modo como as pessoas agiam. Não estava interessado em fazer isso pelo bem do mundo, pelas mortes na África, pela cura do câncer. Não estava interessado no presidente, no papa, no ladrão. Queria o sorriso daqueles que adorava. Não era hipócrita. Não, não era. Ele só acreditava.

Foi forçado a entender que tudo que sabia era errado. Foi forçado a desacreditar em uma coisa especial que tanto cultivava dentro de si. Às vezes assistia cenas violentas só para se dar conta que seu lugar era entre pessoas que sangravam, mas nada era comparado à tamanha dor que se apossou de seu corpo quando, atônito, viu tudo aquilo que lutou para construir se desfazer em pó e do pó em nada.

Ria. Como pode ser estúpido a tal ponto?! Acreditar nisso?! Sentia era dó de si mesmo. Por um momento viu o que era o amor, alcançou glória divina. Sonhava em ser Dante.

Agora não precisa mais de cenas violentas. Olha nos olhos de quem passa ao seu lado, daqueles sentados no ônibus àqueles sentados em tronos, e reflete como tudo poderia ser diferente se agíssemos em verdades, não em mentiras. Mas então aceitou isso e continuou vivendo (talvez pela obrigatoriedade), não podia esperar algo que inexiste nessa dimensão.

Ainda acredita no amor, mas acha mais fácil fazer o bem ao mundo e curar pessoas.

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